Por Que o Mercado Imobiliário Brasileiro Continua Fazendo Todo Mundo de Bobo (Mesmo em 2025)
- Lavvi Equipe Motta
- 12 de jul.
- 4 min de leitura
Se você acha que o mercado imobiliário brasileiro está perdido no tempo, como aquele tio que ainda usa calça boca de sino, prepare-se para uma surpresa. O setor não apenas sobreviveu à inflação e às crises econômicas como também conseguiu superá-las com um desempenho que faria até os maiores entusiastas do Bitcoin sentirem inveja. No primeiro semestre de 2025, enquanto o IPCA marcava 3,01%, os preços dos imóveis residenciais subiram 3,33%. Isso mesmo: o "tijolo" bateu a inflação e ainda saiu vencedor.
O Jogo dos Números: Vitória Contra Todas as Probabilidades
Vamos começar pelo óbvio: se o mercado imobiliário fosse um reality show, ele estaria naquela fase chata onde todo mundo já sabe quem vai ganhar, mas continua assistindo porque é viciante. Segundo o Índice FipeZAP, das 56 cidades monitoradas, 55 registraram alta nos preços dos imóveis. A única exceção foi Goiânia, que teve uma queda discreta de 0,64% — provavelmente porque alguém lá achou que era uma boa ideia abrir um shopping center a cada esquina.
Mas o verdadeiro MVP (Most Valuable Player), ou destaque dessa história é Vitória (ES), que liderou o ranking com uma valorização absurda de 11,88%. Sim, você leu certo: quase 12% em seis meses. Outras cidades também brilharam: Salvador subiu 9,86%, João Pessoa cresceu 9,20%, e São Luís registrou um aumento de 8,30%. Esses números não são só bonitos; eles mostram que o mercado imobiliário está surfando uma onda de demanda insaciável e oferta limitada.

E se você pensa que isso é moda passageira, pense de novo. Em junho de 2025, os preços continuaram subindo, com alta de 0,45% — praticamente o mesmo ritmo de maio (0,46%). E aqui vai uma curiosidade interessante: os imóveis menores, como os de um quarto, tiveram a maior valorização mensal, com 0,61%. Já os imóveis maiores, com quatro ou mais quartos, ficaram para trás, com apenas 0,18%. Parece que o Brasil está seguindo a tendência global de preferir imóveis compactos, baratos e fáceis de alugar. Ou seja, estamos todos querendo ser Brooklyn agora.
Por Que os Imóveis Continuam Rendendo Mais do Que Seus Sonhos de Juventude?
Então, por que diabos o mercado imobiliário brasileiro continua crescendo como um adolescente cheio de hormônios? Aqui estão alguns motivos que explicam essa aparente insanidade:
1. Demanda Aquecida (Como Uma Panela de Pressão Prestes a Explodir)
As pessoas querem morar em lugares onde algo acontece. Cidades com infraestrutura em expansão, empregos sendo criados e transporte público decente estão virando ímãs para compradores. E, claro, ninguém quer ficar parado enquanto os preços sobem. É como tentar pegar o último Uber numa sexta-feira à noite: se você hesitar, perdeu.
2. Imóveis Menores São a Nova Coca-Cola Zero

Quem disse que tamanho importa? Os imóveis compactos estão dominando o mercado porque são mais acessíveis e atraem dois grupos essenciais: jovens profissionais que não precisam de muito espaço e investidores que querem liquidez rápida. Não é à toa que os apartamentos de um quarto estão bombando mais do que festas universitárias.
3. Oferta Limitada (Ou: Quando Pouco é Demais)
Construir novos imóveis é caro, complicado e demorado. Enquanto isso, a demanda segue crescendo. É como tentar encher uma piscina com uma mangueira furada: não importa o quanto você se esforce, sempre vai faltar água. Esse desequilíbrio entre oferta e procura é um prato cheio para a valorização.
4. Crédito Imobiliário Acessível (O Dopping Financeiro)
Sim, a inflação existe. Sim, a economia nem sempre colabora. Mas o crédito imobiliário continua relativamente acessível, o que incentiva as pessoas a comprar antes que os preços subam ainda mais. É como entrar em uma promoção relâmpago da Amazon: se você não aproveitar agora, pode se arrepender amanhã.
O Tijolo Contra o Mundo (Novamente)
Vamos ser sinceros: ninguém compra imóveis porque quer ficar rico rápido. Se você está buscando retornos instantâneos, vá jogar na Mega-Sena ou invista em criptomoedas (mas não diga que eu recomendei). O mercado imobiliário é sobre segurança, previsibilidade e aquela sensação reconfortante de ter algo tangível.
Enquanto outras classes de ativos dançam conforme a música da economia global, os imóveis permanecem firmes. Eles são como aquele amigo que nunca te abandona, mesmo quando você está falido e sem planos de celular. Além disso, com a valorização superando a inflação, o mercado imobiliário está provando que ainda tem gás no tanque.
Conclusão: O Mercado Imobiliário É Como um Vinho Bom
Ele não é sexy, não é disruptivo e definitivamente não vai aparecer em nenhum comercial da Netflix. Mas ele funciona. Funciona tão bem que até as cidades menos prováveis estão registrando altas expressivas. Então, se você está pensando em investir em imóveis, pare de procurar razões para não fazer isso. Claro, escolha bem sua localização (ninguém quer comprar um apartamento em uma cidade fantasma). Mas, no geral, o mercado imobiliário brasileiro continua sendo uma aposta sólida para quem quer construir riqueza a longo prazo.
E se alguém vier te dizer que imóveis são ultrapassados, simplesmente sorria e responda: "Sim, assim como o vinho bom."
Por CARTAXO
consultor associado Lavvi
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